O Distrito Federal encerrou 2024 com o maior rendimento médio dos trabalhadores em todo o país, atingindo R$ 5.043. O valor supera em 56% a média nacional, que chegou a R$ 3.225, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14). O levantamento mostra que apenas oito estados, além do DF, tiveram rendimento acima da média do país.
Destaque nacional
O alto rendimento médio dos trabalhadores no Distrito Federal está diretamente ligado à presença expressiva de servidores públicos na capital federal, que possuem salários superiores aos praticados pela iniciativa privada. Esse fator impulsiona a renda local e reforça a posição do DF como líder do ranking.
Além do Distrito Federal, os estados que registraram rendimento médio superior à média nacional foram São Paulo (R$ 3.907), Paraná (R$ 3.758), Rio de Janeiro (R$ 3.733), Santa Catarina (R$ 3.698), Rio Grande do Sul (R$ 3.633), Mato Grosso (R$ 3.510), Mato Grosso do Sul (R$ 3.390) e Espírito Santo (R$ 3.231).
Por outro lado, o Maranhão teve o menor rendimento médio do país, com R$ 2.049, valor 146% inferior ao do Distrito Federal.
Apesar da liderança no ranking, o DF ainda não superou seu maior rendimento médio histórico, registrado em 2015, quando atingiu R$ 5.590. No entanto, a média nacional e 13 estados alcançaram seus maiores valores já registrados. Entre eles estão Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A pesquisa do IBGE acompanha a evolução do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, incluindo diferentes formas de ocupação, como empregos formais e informais, trabalhos temporários e autônomos. Para a análise, foram visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
Além do crescimento no rendimento médio, o levantamento também apontou que 14 estados registraram em 2024 as menores taxas de desemprego desde o início da série histórica da pesquisa.
O desempenho do Distrito Federal e de outros estados no ranking reforça a importância do serviço público na economia local e no poder de consumo da população. Especialistas avaliam que a estabilidade dos empregos públicos e os reajustes salariais concedidos nos últimos anos contribuíram para esse resultado.
Com a expectativa de novas contratações no setor público e o crescimento do mercado de trabalho em algumas áreas estratégicas, a tendência é que a renda dos trabalhadores continue em alta nos próximos anos. No entanto, fatores como inflação e políticas econômicas podem impactar diretamente esse cenário.