Em tempos de avanço democrático e de uma sociedade cada vez mais crítica e informada, ainda surpreende — e indigna — a forma como um certo pré-candidato insiste em agir como se a verdade fosse um detalhe descartável.
Esse é o caso de Ricardo Capelli um exemplo claro de como a ambição política, quando dissociada da ética, transforma pré-campanha eleitoreira em um teatro de ilusões.
A última de Capelli, foi neste sábado(26/04), distribuindo panfletos nas comunidade de Santa Luzia na Eestrutural , afirmando ser morador da região e atribuindo ao presidente Lula e ao PAC os investimentos que em saneamento básico que serão feitos na localidade.
Dos fatos os R$ 80 milhões destinados às obras de infraestrutura e saneamento em Santa Luzia foram viabilizados pelo Governo do Distrito Federal, que elaborou e apresentou o projeto técnico por meio da CAESB. A tentativa de atribuir à União, especificamente ao PAC, méritos que são, de fato, do GDF, é uma clara manipulação da verdade. Isso é, no mínimo, irresponsável.
Outro detalhe Capelli, ao se apresentar como morador da região — algo que não é —, tenta criar uma identificação emocional com o eleitorado que, na prática, não existe. Trata-se de uma encenação, cuidadosamente roteirizada, com o claro objetivo de gerar empatia artificial.
A estratégia é perversa porque aposta na carência informacional de parte da população, especialmente em regiões de vulnerabilidade social, onde muitas vezes o acesso à informação de qualidade é limitado. É nessa lacuna que Capelli planta suas inverdades, tentando colher apoio político
Não se trata aqui de criminalizar a oposição, que é essencial à vida democrática. O problema é quando essa oposição abandona o debate propositivo e se entrega à enganação. O discurso fácil, os panfletos enganosos, o populismo disfarçado de empatia… tudo isso revela o que há de mais criticado na política: a tentativa de manipular as pessoas com falsas verdades.
O eleitor do Distrito Federal tem mostrado maturidade nos últimos anos. Tem dado sinais claros de que quer ser tratado com respeito e que valoriza a transparência na gestão pública. Tentar ludibriá-lo com panfletos mentirosos não só é ofensivo — é também um erro.
Ricardo Capelli não está apenas mentindo — está tentando reescrever a realidade com fins eleitoreiros. Está dizendo ao cidadão da Estrutural e de Santa Luzia que ele não precisa de informação, precisa apenas acreditar. Mas a população não quer mais ser conduzida como massa de manobra. Quer dados, quer clareza, quer verdade.
E, sobretudo, quer políticos que compreendam que os fins jamais justificarão os meios!