Em entrevista exclusiva ao Tudo Ok Notícias, o empresário Sidney Monteiro de Oliveira denunciou um suposto esquema de fraude e apropriação indébita na administração do Condomínio Alta Vista Thermas Resort, em Caldas Novas (GO). Segundo ele, há fortes indícios de desvios de recursos, superfaturamento e uso irregular de contas bancárias para o recebimento de taxas condominiais, mesmo após decisões judiciais determinarem a destinação correta dos valores.
De acordo com Sidney, a administradora do condomínio ficaria com 20% do valor bruto arrecadado, percentual que, apesar de mencionado por condôminos, não consta em contrato. Além disso, o atual gestor, Charles Garcia Kriunas, estaria contratando serviços e produtos de empresas pertencentes aos próprios administradores, o que pode configurar conflito de interesse e gestão temerária.
“Sou sócio da empresa Paineiras Mineração, fornecedora de água para o condomínio ATRIUM GESTÃO EMPRESARIAL LTDA. Entramos com uma ação de execução por falta de pagamento e descobrimos que os administradores desviavam recursos do condomínio. Eles recebiam as taxas, mas não pagavam os fornecedores”, afirmou o empresário.
Sidney relata que os problemas vêm se arrastando desde 2021, com atrasos e dívidas milionárias, e que os gestores chegaram a abrir contas paralelas para movimentar recursos de forma irregular.
“Os condomínios pagavam as taxas, mas o dinheiro não chegava aos fornecedores. O juiz determinou a penhora das contas, mas a lentidão da Justiça ainda impede o bloqueio dos valores”, completou.
O empresário disse também que há negociações em curso para o parcelamento de débitos em até 60 vezes, mas alertou sobre possíveis indícios de superfaturamento em contratos firmados com empresas ligadas aos próprios administradores.
“Pode haver omissão e conflito de interesse. Isso levanta suspeitas e precisa ser apurado”, declarou.
Sidney ainda apontou Marcos Freitas como o “mentor da desorganização financeira e administrativa” do condomínio, afirmando que suas ações teriam prejudicado o antigo sócio Valdo Palmerston.
“Marcos Freitas foi o pivô dessa situação. Um funcionário do Valdinho me contou que ele arquitetou tudo e afundou a empresa, que antes lucrava cerca de R$ 1 milhão por mês”, finalizou.
Diante das graves denúncias, o caso deve ser encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) para investigação de possíveis crimes de gestão fraudulenta, apropriação indébita e falsidade ideológica. Também caberá ao órgão verificar eventual responsabilidade civil e criminal dos administradores e das empresas envolvidas.
A reportagem do Tudo Ok Notícias tentou contato com os gestores do Alta Vista Thermas Resort, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
