Na disputa pelo comando do Buriti, o cenário eleitoral no DF volta a expor velhos conhecidos da política local. Um ex-governador hoje inelegível tenta manter viva a narrativa de retidão, apesar das restrições legais. Ex-deputados distritais que ficaram pelo caminho em 2022 também reaparecem e começam a reorganizar suas bases para tentar voltar ao jogo.
A novidade — ou o que se tenta vender como novidade — é um candidato que circula prometendo renovação total. Ele se apresenta como a face do “novo”, mas, na prática, o discurso ainda não se traduz em presença real nas regiões administrativas. Em vez de ampliar a interlocução com as comunidades, passar mais tempo nos bairros e entender as especificidades de cada área, o movimento tem sido outro: foco nas redes sociais, eventos fechados e uma estratégia de autopromoção que mira mais na construção da própria imagem do que em vínculos territoriais.
Enquanto isso, a capital vive a possibilidade de continuidade de um projeto já conhecido, que tem acumulado entregas e busca transformar a cidade em ritmo mais acelerado. A gestão atual mantém Brasília entre as capitais com melhor qualidade de vida e sustenta o maior PIB do Centro-Oeste.
As obras e ações dos últimos anos ajudam a explicar esse cenário. Estradas vicinais em áreas estratégicas passaram por pavimentação, o que ampliou mobilidade e infraestrutura. A política habitacional ganhou impulso para atender ao crescimento populacional. Na segurança pública, o reforço no efetivo de policiais e bombeiros ampliou a capacidade de resposta das corporações.
Na saúde, novas UPAs, UBSs e hospitais foram autorizados com foco em aumentar a oferta de atendimento. Na educação, os investimentos priorizaram escolas e Centros de Educação da Primeira Infância, etapa considerada decisiva para reduzir desigualdades.
Na área social, o governo diz ter apostado em uma rede de assistência mais integrada e próxima das famílias, com programas voltados a perfis específicos e que buscam atendimento humanizado.
Esse conjunto de ações coloca Ibaneis Rocha e Celina Leão em posição confortável nas pesquisas de opinião que projetam o cenário para 2026. A vantagem aparece de forma consistente em diferentes levantamentos, reforçando o peso político da dupla na disputa que se aproxima.




