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Infraestrutura, segurança e limpeza: concessão da Rodoviária do Plano Piloto visa transformar terminal

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A Rodoviária do Plano Piloto, um dos principais pontos de transporte do Distrito Federal, foi oficialmente concedida à iniciativa privada após a assinatura de contrato nesta terça-feira (15) entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Consórcio Catedral. A concessão, válida por 20 anos, prevê a gestão completa do espaço, com promessas de modernização, ampliação de serviços e melhorias na infraestrutura.

Apesar da privatização, o GDF garantiu que o valor da passagem do transporte público, preocupação de muitos usuários, permanecerá inalterado. O principal objetivo da concessão é trazer maior eficiência à administração do terminal, oferecendo um padrão de qualidade mais elevado à população, sem perder a essência de atendimento público.

Investimentos e cronograma de execução

O plano de investimentos está dividido em três principais áreas: obras estruturais, modernização e aprimoramento do estacionamento. O Consórcio Catedral se comprometeu a injetar cerca de R$ 55 milhões para a realização das melhorias, que serão executadas ao longo de quatro anos. Antes disso, um comitê de transição, composto por representantes da concessionária e da Secretaria de Transporte e Mobilidade, será criado para definir as prioridades iniciais e acompanhar o andamento das obras.

As obras, no entanto, foram planejadas de modo a minimizar os transtornos para os usuários da rodoviária. A concessionária informou que os trabalhos serão executados, sempre que possível, em horários de menor fluxo, especialmente à noite, garantindo que o impacto nas rotinas dos passageiros seja reduzido.

Segurança, limpeza e estacionamento

A privatização trará mudanças visíveis para os usuários da rodoviária, especialmente no que diz respeito à segurança, limpeza e iluminação. A concessionária promete elevar o padrão de conservação do espaço, oferecendo um ambiente mais seguro e organizado.

Quanto ao estacionamento, foi estipulado um valor de R$ 5 por hora. A área de abrangência inclui a plataforma superior da rodoviária, com proximidade ao Conic, ao Sesi Lab e ao Conjunto Nacional. Contudo, locais como a parte inferior do Conic e do Conjunto Nacional, assim como a Galeria dos Estados, não estão incluídos na licitação e seguirão sob outra gestão.

A decisão de privatizar a Rodoviária do Plano Piloto foi justificada pelo governo com base em limitações do poder público na administração de determinados serviços. A ideia central é que a expertise do setor privado traga avanços, ao mesmo tempo em que desonera o Estado de custos e responsabilidades que poderiam ser melhor geridos por empresas especializadas.

O processo de elaboração da proposta de concessão teve início em 2019, com a participação de técnicos do governo. A proposta passou por ajustes no Tribunal de Contas, além de discussões na Câmara Legislativa, envolvendo parlamentares de diferentes espectros políticos e a sociedade civil. Além disso, a iniciativa foi validada por órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), além de contar com colaborações da população em audiência pública.

Com a assinatura do contrato e a expectativa de início das obras em até 90 dias, a Rodoviária do Plano Piloto entra em uma nova fase, buscando aprimorar sua infraestrutura e oferecer serviços mais eficientes à comunidade do Distrito Federal.

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