Minas Gerais registrou um salto expressivo na criação de empresas no primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, foram abertos 58.399 novos negócios, 21,3% a mais que no mesmo período do ano passado, quando o estado contabilizou pouco mais de 48 mil registros. O avanço representa um acréscimo de cerca de 10 mil empresas em relação a 2024.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), que completou 132 anos de funcionamento no último dia 5. A autarquia, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), monitora mensalmente a movimentação dos registros mercantis no estado.
O desempenho positivo foi generalizado entre as regiões mineiras, com destaque para os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que lideraram a expansão com alta de 33,6% na comparação com o ano anterior. O Norte de Minas (29,3%), a região Central (23,8%) e o Centro-Oeste (20,4%) também apresentaram crescimento significativo.
Apenas no mês de junho, foram formalizadas 8.613 novas empresas, um avanço de 5,6% sobre o mesmo mês de 2024. Belo Horizonte segue como o município com maior número de aberturas: 2.430 em junho e 15.954 no acumulado do semestre — alta de 23,3% na capital mineira em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Outras cidades que se destacaram foram Uberlândia (506 novos negócios em junho e 3.359 no semestre), Contagem (307 e 1.940), Juiz de Fora (226 e 1.574), Montes Claros (192 e 1.297) e Betim (161 e 1.134). A lista segue com Uberaba, Divinópolis, Governador Valadares e Patos de Minas.
O setor de serviços manteve a liderança na abertura de empresas no semestre, com 43.336 registros — alta de 24,3%. O comércio teve crescimento de 13,2%, com 12.383 empresas, e a indústria registrou aumento de 12,2%, somando 2.679 novos empreendimentos. Em junho, os serviços apresentaram alta de 8,5%, enquanto a indústria cresceu 9,1%. O comércio, por outro lado, teve uma leve retração de 4,2%.
Apesar do bom momento, o estado também registrou 46.164 encerramentos no primeiro semestre, o que representa um crescimento de 50,6% em relação ao mesmo período de 2024. Só em junho, foram 6.617 extinções.
O relatório da Jucemg não inclui os Microempreendedores Individuais (MEIs), cujos registros são feitos diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal.
A expansão do ambiente empreendedor em Minas reflete, segundo especialistas, um cenário de recuperação gradual da economia, melhora nas condições de crédito e aumento da confiança entre os pequenos empresários.




