A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, participou nesta terça-feira (11) do 4º Brasília Summit Lide, encontro promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais no Hotel Brasília Palace. O evento, que reuniu mulheres em posições de comando nos setores público e privado, discutiu o papel da gestão feminina e a importância da presença das mulheres em espaços de decisão.
Sob o tema “Mulheres Líderes”, as participantes compartilharam experiências e refletiram sobre os desafios de ocupar cargos de liderança em um ambiente ainda marcado por desigualdades. Celina destacou que a educação é o ponto de partida para que meninas sonhem alto e se vejam como protagonistas no futuro.
“Tudo parte da educação. É preciso investir na formação e na capacitação de mulheres. É importante que as meninas se enxerguem em cargos de liderança e tenham exemplos para se inspirar”, afirmou. “As mulheres transformam tudo o que tocam, porque colocam alma no que fazem. A presença feminina não é uma concessão, é uma potência.”
Além do debate sobre liderança, a vice-governadora chamou atenção para a participação feminina nas discussões sobre segurança pública — tema que, segundo ela, atinge diretamente as mulheres, vítimas diretas e indiretas da violência. Celina citou como exemplo a operação policial realizada no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro, que mirou o crime organizado e resultou na apreensão de armas de grosso calibre e drogas, além do cumprimento de mandados contra integrantes do Comando Vermelho.
A vice-governadora lembrou que participou da reunião entre governadores que levou à criação do Consórcio da Paz, e ressaltou que a crise na segurança precisa ser tratada como um tema de soberania nacional, sem divisões partidárias.
“Estamos falando de soberania, e esse debate deve acontecer no Congresso Nacional, com todos os governadores — independentemente de ideologia — sentando à mesa com o governo federal. As mulheres precisam estar presentes nesse diálogo”, afirmou.
Celina também defendeu que o combate ao crime não pode ser politizado, especialmente diante da tramitação do projeto de lei antifacção no Congresso.
“Não podemos tirar as prerrogativas da Polícia Federal. É preciso fortalecer a cooperação entre estados e governo federal. A população está muito mais preocupada com os resultados do que com quem vai executá-los”, concluiu.
Com uma fala firme e centrada, Celina Leão reforçou o tom que tem marcado sua atuação no governo: o de buscar diálogo, representatividade e eficiência, sem perder de vista o papel transformador das mulheres na política e na sociedade.




