spot_imgspot_img
InícioDistrito FederalCom uso de tecnologia e ação integrada, GDF reduz pela metade número...

Com uso de tecnologia e ação integrada, GDF reduz pela metade número de incêndios florestais em 2025

Publicado em

- Publicidade -

O Distrito Federal registrou uma queda expressiva no número de incêndios florestais em 2025. Até o dia 3 de julho, foram 549 ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), o que representa uma redução de 54,25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 1.230 focos de fogo em vegetações nativas.

A área atingida pelas chamas também diminuiu drasticamente. Neste ano, foram queimados 988 hectares — o equivalente a quase 10 milhões de metros quadrados — contra 2.126 hectares destruídos até julho de 2024.

O resultado reflete os esforços da Operação Verde Vivo 2025, coordenada pelo CBMDF, que articula uma força-tarefa entre órgãos do Governo do Distrito Federal e do governo federal. A estratégia, que une prevenção, uso de dados geoespaciais, ação educativa e combate imediato, tem como objetivo minimizar os danos ambientais durante o período de estiagem, que vai até 30 de novembro.

Além dos bombeiros, a operação reúne o Instituto Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ibama. Desde janeiro, a estrutura da corporação foi reforçada com um novo helicóptero, que amplia a capacidade de lançamento d’água e transporte de equipes para áreas remotas.

A Operação Verde Vivo 2025 está dividida em três fases. A primeira, de preparação e prevenção, incluiu a capacitação de militares, campanhas de conscientização em escolas e comunidades, fiscalização ambiental e a realização de queimadas prescritas — técnica controlada para reduzir o material combustível acumulado nas áreas de risco.

A segunda etapa, que está em curso, é a fase de combate. Nesse período, que coincide com o auge da seca e da baixa umidade do ar, os bombeiros atuam de forma permanente, com equipes posicionadas em pontos estratégicos para garantir resposta rápida.

Ao fim da temporada, entre novembro e dezembro, tem início a fase avaliativa e de desmobilização, voltada à análise dos resultados operacionais e ambientais. Os dados subsidiam os ajustes necessários para futuras edições da operação.

Outro reforço veio do Instituto Brasília Ambiental, que contratou, em abril, 150 profissionais para atuar diretamente no combate aos incêndios e no Manejo Integrado do Fogo. São 30 chefes de esquadrão e 120 brigadistas florestais com atuação prevista por dois anos.

A corporação também tem investido na produção de vídeos educativos com dicas de prevenção, incluindo orientações sobre como construir aceiros faixas de terra sem vegetação que dificultam o avanço do fogo em propriedades rurais.

A comparação com 2024 mostra o quanto a situação melhorou em 2025. No ano passado, durante o período de estiagem, a Operação Verde Vivo registrou 8.545 ocorrências e uma área total queimada de 22.250 hectares. No recorte por satélite, que inclui focos extintos sem a presença de bombeiros ou oriundos de queimadas legais, o número sobe para 38 mil hectares destruídos.

Setembro foi o mês mais crítico, com 2.851 ocorrências, seguido de agosto, com 2.065. As áreas mais atingidas incluíram a Floresta Nacional de Brasília (2.610 ha), o Parque Nacional de Brasília (1.630 ha), a Chapada Imperial (1.240 ha) e o Núcleo Rural Chapadinha/Alto da Boa Vista (782 ha).

Para 2025, a expectativa do CBMDF é manter o ritmo de redução até o fim da operação, apostando na prevenção e no engajamento da população.

- Publicidade -

Últimas notícias

LEIA TAMBÉM