O Distrito Federal sai na frente quando o assunto é a proteção da primeira infância. A Secretaria de Saúde (SES-DF) acaba de ampliar os pontos de aplicação do Nirsevimabe, um medicamento inovador que protege recém-nascidos contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — vilão responsável por boa parte dos casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
Com a chegada do período mais crítico para doenças respiratórias, o DF se tornou a primeira unidade da federação a disponibilizar o Nirsevimabe em sua rede pública, de forma preventiva e estratégica. A medida visa evitar internações em UTI neonatal e aliviar a sobrecarga do sistema de saúde. O resultado? Bebês mais protegidos e famílias mais tranquilas.
O foco são bebês prematuros, nascidos entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, a partir de 1º de outubro de 2024. Esses pequenos guerreiros, ainda com o sistema imunológico em desenvolvimento, são mais vulneráveis ao VSR. Se estiverem internados em UTIs neonatais ou unidades intermediárias da rede pública, receberão o medicamento durante a própria internação — mediante prescrição médica.
Já os recém-nascidos que tiverem alta sem a aplicação da dose devem ser levados pelos responsáveis à Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, portando a caderneta da criança. No local, será feita uma avaliação médica para verificar se o bebê se enquadra nos critérios de prescrição.
Nirsevimabe x Palivizumabe: qual a diferença?
O Nirsevimabe foi aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS no início deste ano. Ele é um anticorpo de ação prolongada que protege imediatamente, sem depender da ativação do sistema imunológico da criança — o que é essencial para os mais frágeis.
Importante destacar que ele não substitui o já conhecido Palivizumabe. Este continua sendo indicado para prematuros extremos (menos de 32 semanas) e para bebês com cardiopatias congênitas ou displasias pulmonares. A ideia é somar forças. O protocolo agora se amplia e se torna mais robusto.
A aplicação do medicamento já está disponível em várias regiões do DF, facilitando o acesso às famílias. Confira os locais e horários:
Hospital da Criança de Brasília
- Regiões atendidas: Asa Norte, Sudoeste/Octogonal, Lago Norte, Lago Sul, Varjão, Cruzeiro, Asa Sul e Noroeste
- Local: Ambulatório Bloco 1
- Quando: Terças (7h às 12h) e sextas (14h às 17h)
Hospital Regional do Guará
- Regiões atendidas: Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Riacho Fundo, Estrutural, SIA e Guará
- Local: Sala 10 da Policlínica
- Quando: Terças (13h às 22h), quintas (13h às 18h) e sextas (7h às 12h)
Hospital Regional do Gama
- Regiões atendidas: Gama, Santa Maria e cidades da Ride (Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Novo Gama, Valparaíso)
- Local: Policlínica do Gama, Bloco D, Consultório 01
- Quando: Segundas, quartas e quintas (8h às 18h)
Hospital da Região Leste
- Regiões atendidas: Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Jardim Botânico e cidades da Ride (Unaí, Buritis, Cabeceira Grande)
- Local: Sala de enfermagem da Policlínica Paranoá
- Quando: Terças, quartas e quintas (8h às 18h)
Hospital Regional de Taguatinga
- Regiões atendidas: Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Arniqueira, Recanto das Emas, Samambaia e cidades da Ride (Abadiânia, Alexânia, Pirenópolis, entre outras)
- Local: Ambulatório
- Quando: Segundas e quartas (8h às 17h)
Hospital Regional de Planaltina
- Regiões atendidas: Planaltina, Fercal, Sobradinho e cidades da Ride (Planaltina de Goiás, Vila Boa, Cabeceiras, Água Fria, Formosa)
- Local: Policlínica de Planaltina
- Quando: Quartas e sextas (8h às 11h30)
Hospital Regional de Ceilândia
- Regiões atendidas: Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Brazlândia e cidades da Ride (Águas Lindas, Padre Bernardo, Mimoso e Cocalzinho)
- Local: Sala 14 do Ambulatório 1
- Quando: Segundas, quintas e sábados (8h às 18h)
Hospital Regional de Sobradinho
- Regiões atendidas: Planaltina, Fercal, Sobradinho e cidades da Ride (mesma cobertura de Planaltina)
- Local: Policlínica de Sobradinho
- Quando: Terças e quintas (14h às 17h30)
A chegada do Nirsevimabe à rede pública do DF representa mais do que um avanço científico. Representa cuidado antecipado, gestão eficiente e respeito às famílias. Quando o sistema público age antes da doença bater à porta, todos ganham: o bebê, os pais e o SUS.
