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DF alcança menor taxa de homicídios em 48 anos e se destaca como referência em segurança pública no Brasil

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O Distrito Federal encerrou 2024 com uma marca histórica na segurança pública: a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes desde o início dos registros em 1977. Com 6,8 homicídios por 100 mil habitantes, o índice representa uma queda expressiva em relação ao pico de 14/100 mil há quase meio século.

Este resultado é fruto do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, implementado em 2023 pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), e de uma estratégia de integração entre forças policiais, tecnologia e participação social.

Queda histórica no número de homicídios
De acordo com o balanço da SSP-DF, foram registrados 203 homicídios em 2024, o menor número absoluto em 40 anos. O último dado tão baixo foi registrado em 1984, com 182 vítimas. Comparando com 2012, quando o DF atingiu seu pico de violência com 820 homicídios, a redução é impressionante: 75,24%.

No comparativo com 2023, a redução no número de vítimas foi de 13,2%. Além disso, sete regiões administrativas, incluindo Arniqueira, Cruzeiro e Varjão, não registraram nenhum homicídio durante todo o ano, um feito inédito que reforça a eficiência das políticas de segurança.

Crimes violentos letais intencionais também em queda
O trabalho estratégico também impactou outros crimes graves. Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – que incluem homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – apresentaram queda de 13,7%. O DF registrou 245 vítimas em 2024, contra 284 no ano anterior, atingindo o menor patamar desde 2000.

Desde 2012, quando os CVLI alcançaram o pico de 870 vítimas, a redução acumulada foi de 71,83%, mostrando que a tendência de queda é consistente.

Combate à violência de gênero: um avanço significativo
Os feminicídios, crimes emblemáticos da violência de gênero, apresentaram uma redução de 25,8% em 2024. O programa Mulher Mais Segura, parte do DF Mais Seguro, foi crucial para esse resultado. A iniciativa combina prevenção, tecnologias de proteção e o incentivo à denúncia, elementos que quebram o ciclo de violência doméstica.

Projetos como o Viva Flor e o Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP) ganharam destaque nacional, vencendo o Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A premiação reconheceu os esforços do DF na proteção das mulheres e na prevenção de feminicídios.

O Programa de Videomonitoramento Urbano (PVU), uma das iniciativas mais visíveis do DF Mais Seguro, ampliou sua cobertura em 2024, chegando a regiões como Vicente Pires, Arniqueira e Sol Nascente/Pôr do Sol. Atualmente, 32 das 35 regiões administrativas do DF contam com mais de 1.300 câmeras integradas ao sistema, proporcionando agilidade na resposta a ocorrências e maior sensação de segurança.

Com um investimento de R$ 70 milhões, o PVU é parte do eixo Cidade Mais Segura, que integra 31 órgãos do governo local e federal para atuar de forma coordenada no combate à criminalidade.

Outro destaque é o eixo Cidadão Mais Seguro, que promove reuniões com a população por meio dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs-DF). Em 2024, a primeira Conferência Distrital de Segurança Pública (Confedisp) foi realizada, fortalecendo o diálogo entre comunidade e autoridades.

Reconhecimento nacional e internacional
Os avanços na segurança pública colocaram o Distrito Federal em evidência em publicações de destaque, como o Atlas da Violência 2024, produzido pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre 2012 e 2022, o DF liderou a redução da mortalidade violenta no Brasil (-67,4%) e da taxa de homicídios entre jovens de 15 a 29 anos (-72,1%).

Brasília também foi classificada como a segunda capital mais segura do país, atrás apenas de Florianópolis (SC), segundo o Atlas da Violência dos Municípios 2024. Além disso, a cidade foi reconhecida pelo Índice de Progresso Social (IPS) Brasil como a capital com maior qualidade de vida para sua população.

Crimes patrimoniais seguem em queda
A redução também se estendeu aos Crimes Contra o Patrimônio (CCP), como roubos e furtos. Em 2024, houve queda de 14,9% em relação a 2023, com destaque para roubos em transporte coletivo (-49,3%) e em residências (-28,8%). No total, 3.353 crimes foram evitados, mostrando o impacto das ações preventivas e do uso de tecnologia.

Com políticas integradas, diálogo com a sociedade e investimentos estratégicos, Brasília se consolida como um exemplo de que é possível enfrentar a violência de forma eficiente e humana.

 

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