A capital do Brasil se mantém à frente na geração de empregos formais em toda a região Centro-Oeste, conforme os dados mais recentes do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em setembro, o Distrito Federal somou 6.211 novos postos de trabalho, reforçando sua recuperação econômica e superando os demais estados da região.
O setor de serviços despontou como principal motor da criação de vagas, com 4.027 novos empregos, seguido pela construção civil, com 1.202 vagas, e pelo comércio, que registrou 828 novos postos. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o DF já alcançou mais de 40 mil novos empregos formais, superando 1 milhão de trabalhadores com carteira assinada na capital.
Taxa de desemprego em queda
A taxa de desemprego no Distrito Federal também apresentou uma leve melhora, passando de 15,6% em agosto para 15,4% em setembro deste ano, e registrou uma queda em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa era de 16,5%. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF), conduzida pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelam que a criação de aproximadamente 30 mil empregos formais nos últimos 12 meses contribuiu para a redução da taxa, superando o aumento de 13 mil na População Economicamente Ativa (PEA) do DF.
Segundo os pesquisadores, a recuperação tem sido puxada especialmente pelos setores de serviços e comércio. Já o setor público e os trabalhadores autônomos permaneceram estáveis, enquanto o número de empregados domésticos e assalariados sem carteira assinada diminuiu, indicando uma tendência de formalização no mercado de trabalho local.
Qualificação e inclusão social no mercado de trabalho
O executivo local tem intensificado esforços para qualificar e reinserir profissionais no mercado. Entre as iniciativas, destaca-se o programa QualificaDF, que oferece cursos gratuitos em áreas estratégicas, como agronegócio, comércio, serviços, saúde e informática, promovendo a capacitação de trabalhadores para setores com demanda crescente.
A exemplo o RenovaDF, que além de capacitar, visa à revitalização de espaços públicos. Os participantes do programa recebem um auxílio de um salário mínimo, vale-transporte e seguro contra acidentes, enquanto aprendem técnicas práticas de alvenaria, carpintaria, elétrica, hidráulica, jardinagem, paisagismo e segurança do trabalho.
Ao final da formação, os trabalhadores são encaminhados para oportunidades nas 14 agências do trabalhador espalhadas pelo DF, facilitando a transição entre capacitação e emprego. Essa política de incentivo à qualificação tem sido apontada como um dos fatores que fortalecem a recuperação do mercado de trabalho no Distrito Federal, permitindo à capital se consolidar como destaque na geração de empregos formais e na redução do desemprego.