O Rio Grande do Sul tem enfrentado uma série de desafios decorrentes das fortes chuvas que assolam o estado desde o fim de abril. Em resposta a essa situação de emergência, o governo federal anunciou um pacote de medidas voltadas para fornecer moradia às pessoas desabrigadas. O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, em uma coletiva de imprensa realizada em Porto Alegre nesta quarta-feira (29).

Inicialmente, o governo planeja disponibilizar cerca de 2 mil casas para as famílias gaúchas que perderam suas moradias devido às enchentes. O ministro Costa não especificou um prazo para a entrega dessas habitações.

Uma das iniciativas incluídas no plano é a compra assistida de imóveis usados. De acordo com Rui Costa, os domicílios poderão ser indicados pela população nos próximos dias e passarão por avaliação técnica da Caixa Econômica Federal antes da compra e destinação aos desabrigados.

Além disso, está prevista a compra de casas e apartamentos novos ou em construção nas áreas afetadas, com valores limitados aos tetos estabelecidos pela Faixa 1 e Faixa 2 do programa federal Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias de baixa renda.

Empresas do ramo imobiliário poderão registrar essas unidades em um site a ser divulgado pela Caixa, com o governo adquirindo todos os imóveis dentro do perfil solicitado pelas cidades atingidas, dentro dos limites estipulados. O valor do imóvel será compatibilizado com a renda familiar, garantindo que as despesas como taxas de condomínio sejam viáveis para as famílias.

Além das unidades novas, imóveis em leilão em instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e bancos privados serão destinados às famílias atingidas. O governo federal solicitou a retirada do leilão desses imóveis desocupados, comprometendo-se a comprá-los.

Para os casos em que os imóveis adquiridos precisarem de reparos, as famílias receberão recursos da Caixa para as reformas necessárias.

Em paralelo, o governo federal está considerando outras alternativas para aumentar a oferta de moradias para os desabrigados no Rio Grande do Sul. Uma dessas medidas é o financiamento da construção de moradias por parte das prefeituras que desejarem trabalhar em esquema de mutirão, visando agilizar o processo de reconstrução.

A Caixa também está buscando construtoras que utilizem metodologias rápidas para a construção de casas, como pré-fabricação e modulação. Todas as opções estão sendo analisadas, com o objetivo de atender às necessidades reais das comunidades afetadas após a redução do nível das águas das enchentes.

Em meio a essa crise, o governo federal se compromete a agir rapidamente para fornecer moradia adequada às famílias desabrigadas, reconhecendo a urgência dessa questão e o impacto devastador que as enchentes têm sobre essas comunidades.