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Minas Gerais mantém vice-liderança nas exportações nacionais e fecha semestre com superávit de US$ 12,9 bilhões

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Minas Gerais consolidou-se, no primeiro semestre de 2025, como o segundo maior estado exportador do Brasil, com US$ 21,5 bilhões em vendas externas — alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O estado respondeu por 13% das exportações brasileiras e registrou superávit de US$ 12,9 bilhões na balança comercial, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No acumulado do ano, Minas também se destacou no volume de importações. Com US$ 8,6 bilhões em aquisições internacionais — alta de 14,6% frente ao primeiro semestre de 2024, o estado ocupou a quinta posição entre os maiores importadores do país, sendo responsável por 6,4% do total nacional.

Combinando os fluxos de exportação e importação, o estado movimentou US$ 30,1 bilhões no comércio exterior no primeiro semestre, o que representa um crescimento de 5,9% e posiciona Minas Gerais como o terceiro maior fluxo comercial do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

A performance de junho reforçou a trajetória de alta. As exportações somaram US$ 3,4 bilhões no mês, garantindo novamente ao estado a segunda colocação no ranking nacional. O superávit foi de US$ 2 bilhões, também o segundo maior do país.

Do lado das importações, o crescimento em junho foi de 9% em comparação com o mesmo mês de 2024, alcançando US$ 1,4 bilhão. Com isso, o fluxo comercial mensal atingiu US$ 4,8 bilhões, um avanço de 1,3% na comparação anual.

As exportações mineiras chegaram a 154 destinos internacionais em junho. A China permaneceu como principal parceiro comercial, com 37,9% das vendas, seguida por Estados Unidos (12,4%), Argentina (4,7%), Canadá (3,9%) e Reino Unido (3,5%).

Entre os municípios mineiros que mais exportaram, Nova Lima liderou com 7,7% do total estadual, impulsionada pelo setor mineral. Araxá (6,2%), Varginha (6,1%), São Gonçalo do Rio Abaixo (4,7%) e Paracatu (4,5%) completam a lista dos cinco maiores exportadores municipais.

Perfil dos produtos comercializados

Os minérios de ferro e seus concentrados seguem como carro-chefe das exportações, representando 26,8% das vendas em junho. O café aparece em seguida com 19%, reforçando a relevância do estado como maior produtor nacional do grão. Ouro (8,5%), soja (8,4%) e ferro-ligas (6,1%) também figuram entre os principais produtos embarcados.

Minas ainda liderou, no mês, as exportações brasileiras de itens menos tradicionais, como carboneto de silício (US$ 2,8 milhões), medicamentos com insulina (US$ 1,9 milhão) e equipamentos para recreação ao ar livre (US$ 322,4 mil), indicando uma diversificação gradual da pauta exportadora.

Importações em expansão

Na contramão das exportações, o estado também registrou avanço significativo nas importações. Produtos imunológicos lideraram as compras externas (4,3%), seguidos por peças e acessórios para veículos (3,5%), automóveis (3,1%), medicamentos (2,8%) e fertilizantes azotados (2,7%).

Extrema foi o município com maior volume importado no mês, responsável por 14,3% das compras internacionais de Minas. Betim (13,5%), Uberaba (7,3%), Belo Horizonte (6,2%) e Pouso Alegre (5,9%) completam o ranking.

O desempenho do estado no primeiro semestre de 2025 reflete uma combinação de estabilidade nas exportações tradicionais, como minério e café, com expansão em setores de maior valor agregado. Ao mesmo tempo, o aumento nas importações sinaliza aquecimento da atividade econômica local, especialmente nas indústrias automotiva e farmacêutica.

O crescimento do fluxo comercial reforçam o papel de Minas Gerais como peça-chave na balança comercial brasileira. A expectativa, segundo economistas do setor, é que o segundo semestre mantenha a tendência de alta, acompanhando o aumento da demanda global e os efeitos de políticas estaduais voltadas à internacionalização da economia.

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