O Distrito Federal (DF) está prestes a alcançar ou até mesmo ultrapassar a marca de 72,6 mil casos de dengue neste ano – correspondente ao total de notificações em todo o ano de 2022, de acordo com a projeção feita por Adriano Oliveira, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF. A confirmação desse número deverá ocorrer no próximo boletim epidemiológico.

Conforme Oliveira explicou, os boletins não são atualizados em tempo real, pois dependem de inserções feitas por profissionais ocupados no atendimento à população. “Nossas equipes de atendimento são responsáveis por registrar os casos suspeitos de dengue no sistema. Contudo, devido à prioridade no atendimento emergencial, é complicado realizar o registro imediatamente.”

O mais recente boletim epidemiológico de Brasília destacou um aumento de 20,4 mil casos em relação ao relatório anterior.

No Distrito Federal, a dengue afeta mais as pessoas de pele escura (36.029 pardos e 3.866 pretos) em comparação com as de pele clara (11.361), além de atingir mais as mulheres (54,9% dos casos) do que os homens (45,1%) e os residentes de regiões periféricas. O mapa de incidência da dengue no Distrito Federal destaca que áreas como Sol Nascente, Pôr do Sol, Ceilândia, Brazlândia, Estrutural e Santa Maria apresentam mais de 1.500 casos a cada 100 mil habitantes.

Em números absolutos, um comunicado do governo do Distrito Federal (GDF) revela que as regiões administrativas com mais notificações são Ceilândia (12.983), Taguatinga (3.772), Sol Nascente/Pôr do Sol (3.701), Brazlândia (3.305), Samambaia (2.819), Santa Maria (2.731), São Sebastião (1.968), Gama (1.785), Plano Piloto (1.490) e Guará (1.397). Até a emissão desses dados, o número de casos prováveis entre os moradores do DF já apresentava um aumento de 1.303,9% em relação ao período equivalente de 2023.