As queimadas que atingem o Parque Nacional de Brasília nos últimos dias têm provocado uma intensa mobilização das forças locais para controlar os incêndios e preservar o meio ambiente. O Governo do Distrito Federal (GDF), em ação articulada com o Corpo de Bombeiros Militar do DF, a Defesa Civil e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)e órgãosdo poder público local que tem adotado medidas rápidas e eficazes para combater os focos de incêndio, além de iniciar uma força-tarefa para investigar os crimes ambientais e responsabilizar os culpados.
A força-tarefa busca, além do controle das chamas, garantir que atos criminosos de incêndio proposital sejam rigorosamente apurados, com a responsabilização de seus autores. A PCDF já iniciou investigações para identificar os responsáveis por queimadas intencionais, enquanto o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil continuam com esforços diários para controlar os focos, que têm colocado em risco tanto a fauna e a flora locais quanto a saúde dos brasilienses, com a piora significativa na qualidade do ar.
Enquanto o GDF age de maneira rápida e eficiente, o governo federal, que é o principal responsável pela preservação do Parque Nacional de Brasília, tem demonstrado uma falta de ação e preparo para enfrentar a situação. Um dos maiores problemas é o baixo efetivo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal encarregado de proteger as áreas de conservação, como o Parque Nacional.
A ausência de políticas públicas efetivas por parte do governo federal para a proteção ambiental agrava ainda mais a situação. Embora o presidente Lula tenha criticado o GDF, acusando-o de omissão na gestão das queimadas, a realidade demonstra justamente o contrário: o governo local foi o primeiro a tomar medidas para enfrentar o problema, enquanto o governo federal permaneceu passivo em áreas que são de sua direta responsabilidade.
O governador Ibaneis Rocha rebateu prontamente as críticas do presidente, defendendo o trabalho incansável dos bombeiros e da Defesa Civil. Em suas declarações, o governador destacou que, mesmo com a responsabilidade primária sendo do governo federal, o GDF agiu rapidamente para minimizar os impactos ambientais e de saúde pública. Ele ressaltou o empenho dos militares em campo e a prontidão das equipes locais.Em contraste com a fala do presidente Lula, que soam de “mal tom” e desrespeitosa com quem de fato está lidando com os desafios diários.
O que a sociedade espera é uma gestão ambiental que seja não apenas preservativa e preventiva, mas também eficiente em momentos de crise. O Parque Nacional de Brasília, um dos patrimônios naturais mais importantes do país, precisa de atenção e cuidado constantes, e o governo federal deve assumir sua responsabilidade. Não há espaço para omissão em questões ambientais tão críticas, especialmente quando as queimadas colocam em risco a biodiversidade, a saúde da população e o equilíbrio ecológico da região.
Enquanto o GDF continua fazendo sua parte com agilidade e dedicação, o que se espera do governo federal é um esforço maior para equipar os órgãos responsáveis pelas quuestões ambientais e implementar políticas públicas que protejam efetivamente o meio ambiente. Ficar apenas no discurso, enquanto os incêndios destroem o cerrado, não é mais aceitável.