A partir de 1º de julho, os passageiros dos ônibus do Distrito Federal (DF) não poderão mais pagar as passagens em espécie diretamente dentro dos veículos. Segundo portaria publicada no Diário Oficial do DF nesta quinta-feira (16), apenas os cartões Mobilidade e Vale Transporte serão aceitos nas catracas dos coletivos.
Na tarde desta quinta-feira (16), houve coletiva de imprensa concedida, pelo secretário de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), Zeno Gonçalves; pelo presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa; e pela subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, coronel Cíntia Queiroz. Na ocasião foram esclarecidos os perincipais pontos da nova forma de pagamento no Sistema de Bilhetagem do DF.
Novas Formas de Pagamento
Os cartões Mobilidade e Vale Transporte podem ser recarregados pelo aplicativo BRB Mobilidade ou em um dos 128 pontos de venda espalhados pelo DF, utilizando cartão de crédito, débito, Pix e dinheiro em espécie.
Objetivo da Medida
A mudança visa modernizar o Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPC-DF), além de aumentar a segurança e transparência para usuários e prestadores de serviços. De acordo com o Secretário de Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, a retirada do dinheiro dos ônibus reduzirá o risco de assaltos, agilizará o embarque e tornará o serviço mais eficiente, diminuindo o tempo das viagens.
Segurança e Funcionamento
A expectativa é que a extinção do pagamento em espécie nos ônibus reduza a incidência de roubos nos coletivos. Embora o pagamento em espécie seja removido das catracas, os 128 postos de atendimento para recarga continuarão aceitando essa forma de pagamento, além dos cartões de crédito e débito e Pix.
Implementação Gradual
Para conscientizar a população sobre a mudança, a SEMOB lançará campanhas publicitárias. Inicialmente, a nova medida será implementada em linhas onde o uso de pagamento em espécie é pequeno. À medida que os usuários aderirem à nova forma de pagamento, a medida será ampliada para outras linhas, com a expectativa de que até o final do ano todo o sistema esteja totalmente automatizado. Em 2023, o pagamento em espécie representava 31% do total de acessos, caindo para 29% em 2024. A meta é reduzir gradualmente esse percentual até que todas as linhas aceitem apenas pagamentos eletrônicos.
Modernização e Integração Tarifária
Desde que o BRB assumiu a operacionalização do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) há quase cinco anos, foram registrados 1,3 bilhão de acessos ao transporte urbano, com uma movimentação de R$ 3,6 bilhões. Os validadores nos cerca de 900 ônibus do DF foram atualizados para aceitar pagamentos com cartões, aguardando apenas a publicação de um decreto pelo governador Ibaneis Rocha para regulamentar a atividade.
Benefícios para os Usuários
Com a eliminação do pagamento em espécie, espera-se que as linhas de ônibus operem com maior rapidez e eficiência. A integração tarifária continuará disponível, permitindo que os usuários utilizem até três linhas no mesmo sentido dentro de um período pré-estabelecido, pagando apenas o valor da tarifa de integração de R$ 5,50.
