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Portabilidade de empréstimos começa a valer

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A partir desta sexta-feira, 16 de maio, milhões de brasileiros empregados com carteira assinada ganham uma nova ferramenta para melhorar a própria vida financeira: a portabilidade de empréstimos entre bancos por meio do programa Crédito do Trabalhador.

A iniciativa permite que quem já tem um empréstimo consignado ou crédito pessoal possa migrar sua dívida para uma instituição financeira que ofereça juros menores. A troca não é automática nem feita pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, pelo menos por enquanto. Por isso, o trabalhador interessado precisa procurar diretamente um banco habilitado pelo programa.

A promessa é simples, mas poderosa: reduzir o valor pago em juros e, quando possível, até aumentar o valor disponível para o novo empréstimo. Isso porque, ao mudar de instituição, o trabalhador faz um novo contrato, que quita a dívida antiga e estabelece novas condições — normalmente, mais vantajosas.

Criado em março deste ano, o programa Crédito do Trabalhador já movimentou cifras expressivas: foram R$ 11,3 bilhões emprestados até o dia 15, beneficiando mais de 2 milhões de brasileiros. Em média, cada contrato girou em torno de R$ 5.383, com parcelas de aproximadamente R$ 317, pagas em um prazo de 17 meses.

Os maiores volumes de crédito foram registrados em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. O Banco do Brasil lidera o ranking, com R$ 3,1 bilhões emprestados, a maioria usada para quitar dívidas com taxas mais altas.

Atualmente, 35 instituições financeiras estão operando ativamente no programa, mas mais de 70 já estão habilitadas. E o melhor: o crédito não se limita apenas a trabalhadores urbanos com carteira assinada. Empregadas domésticas, trabalhadores rurais, profissionais contratados por microempreendedores individuais (MEI) e até diretores com vínculo ao FGTS também têm acesso.

Como funciona a portabilidade?

Tudo começa pelo app da Carteira de Trabalho Digital. Nele, o trabalhador autoriza o compartilhamento de dados como CPF, tempo de empresa e margem consignável disponível. A partir daí:

  • Em até 24 horas, bancos habilitados enviam propostas.
  • O trabalhador escolhe a melhor oferta.
  • A nova instituição quita a dívida anterior e assume o novo crédito.
  • As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, respeitando o limite de até 35% da renda mensal.

A partir de 6 de junho, a novidade será ainda maior: qualquer dívida poderá ser migrada — inclusive aquelas que não foram feitas dentro do programa Crédito do Trabalhador.

Mais autonomia e menos sufoco

Para muita gente, essa possibilidade de renegociar uma dívida sem precisar sair do emprego, enfrentar filas ou cair em juros abusivos é um respiro necessário em tempos de aperto. Em vez de recorrer ao cheque especial ou ao rotativo do cartão de crédito, o trabalhador tem agora a chance de reorganizar sua vida financeira com mais controle e dignidade.

O Governo Federal aposta que, nos próximos quatro anos, 25 milhões de pessoas possam ser incluídas nesse modelo de crédito mais acessível e justo.

 

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