O Governo de Minas deu início neste sábado (28) a uma nova frente de atuação na política habitacional do estado. Batizado de Moradas Gerais, o programa vai promover melhorias estruturais em imóveis de famílias em situação de vulnerabilidade, começando pelo bairro Novo Lajedo, na região Norte de Belo Horizonte.
A iniciativa prevê investimento de R$ 43 milhões e, nesta fase inicial, contemplará até mil casas com intervenções que garantam condições mais dignas de moradia.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o programa foi apresentado como um modelo piloto que poderá ser replicado em outras regiões. A ideia é promover adequações como reparo de telhados e pisos, instalação de revestimentos, impermeabilização, pintura e melhorias na rede elétrica — com até R$ 35 mil por unidade habitacional.
“Nosso governo trabalha para levar dignidade a todos os mineiros. O Moradas Gerais vem para dar esperança e oferecer um ambiente seguro para que as famílias possam prosperar”, afirmou o governador Romeu Zema durante o lançamento. “Começamos por Belo Horizonte, mas o objetivo é ampliar essa transformação.”
A seleção do Novo Lajedo como ponto de partida seguiu critérios técnicos. Classificada como Área Especial de Interesse Social (AEIS), a região já conta com um Plano Global Específico (PGE) — instrumento que norteia o planejamento urbano — e apresenta, segundo a Fundação João Pinheiro, altos índices de residências sem infraestrutura adequada.
Além da localização, os critérios para participação no programa incluem: estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), ter renda per capita inferior a meio salário mínimo e morar em imóvel próprio em condições precárias. Famílias chefiadas por mulheres e aquelas com crianças, idosos ou pessoas com deficiência terão prioridade.
Cada imóvel passará por uma avaliação técnica, realizada em conjunto com os moradores, para definir as intervenções mais urgentes. As obras estão previstas para começar em julho.
Impacto direto
A notícia foi recebida com entusiasmo pela comunidade. A moradora Maria Aparecida dos Santos, por exemplo, vê na iniciativa a chance de uma virada de página. “É uma maravilha. Vão rebocar minhas paredes, colocar cerâmica, pintar, colocar porta, arrumar o telhado. Vai mudar muito a minha vida”, contou emocionada.
Mais do que obras, o Moradas Gerais se propõe a oferecer uma base material para que famílias historicamente excluídas tenham condições reais de reconstruir suas trajetórias. Segundo o governo, o projeto será monitorado para avaliar a possibilidade de expansão a outras regiões do estado.