À medida que 2026 se aproxima, o xadrez político no Distrito Federal começa a ganhar contornos mais definidos e, pelo que indicam as pesquisas mais recentes, uma peça se move com naturalidade rumo ao tabuleiro central: a vice-governadora Celina Leão (PP).
Dados divulgados pelo Instituto Opinião nesta quarta-feira (16) reforçam o que levantamentos anteriores já sinalizavam: Celina aparece como nome favorito à sucessão de Ibaneis Rocha, liderando os cenários estimulados e consolidando-se como protagonista da próxima corrida ao Palácio do Buriti.
Segundo o instituto, Celina lidera com 27,5% das intenções de voto , a pesquisa ouviu mil eleitores entre os dias 11 e 13 de julho, com margem de erro de três pontos percentuais. A força do seu nome atravessa diferentes segmentos sociais e demográficos, demonstrando que sua presença no cenário político vai além da vice-governadoria. É, neste momento, a figura pública que melhor dialoga com a percepção de continuidade bem-sucedida e com a expectativa de que o próximo governo mantenha a cadência de entregas que marcou os últimos dois mandatos.
O favoritismo de Celina não nasce do acaso. É reflexo direto da aprovação da gestão Ibaneis, que tem sustentado bons índices mesmo em meio a um ambiente político instável em outras unidades da federação. Celina, por sua vez, soube ocupar espaço com discrição estratégica, sem se afastar da máquina, mas também sem se deixar engolir por ela. Atuando como interlocutora política do governo junto ao Congresso e aos setores empresariais, ela construiu, ao longo dos últimos anos, uma identidade própria dentro da estrutura de poder local.
Outro ponto que joga a seu favor é a fragmentação da oposição. Sem um nome unificador, o campo adversário segue disperso entre candidaturas pouco consolidadas, o que reforça a vantagem de Celina nos cenários testados.
É cedo para cravar um desfecho, mas não para perceber um movimento em curso. Celina Leão tem construído seu caminho com a naturalidade de quem já ocupa uma posição de comando — ainda que, oficialmente, esteja na vice. E, ao que tudo indica, sua candidatura deve vir embalada pela mesma narrativa que consagrou Ibaneis: a da eficiência administrativa combinada com presença territorial.
Em um cenário marcado por indefinições e ensaios de pré-candidaturas, Celina Leão já não precisa mais se apresentar. Seu nome circula com desenvoltura entre eleitores, aliados e adversários, como quem sabe que a disputa começou ,mesmo antes do início oficial. Se 2026 ainda parece distante no calendário, politicamente, já começou a ser desenhado.