O Banco de Brasília (BRB) encerrou o primeiro semestre de 2025 com um resultado que surpreendeu até os analistas mais otimistas. O lucro líquido recorrente foi de R$ 518 milhões, um salto de 461,6% em relação ao mesmo período de 2024. Só no segundo trimestre, o banco registrou ganho de R$ 280,3 milhões.
O desempenho reflete uma combinação de fatores: ampliação da base de clientes, aumento da carteira de crédito e rigor na gestão de riscos. Em junho, o BRB alcançou 9,6 milhões de clientes, um crescimento de quase 24% em um ano — número que mostra a estratégia de ocupar espaço em novos mercados e consolidar a presença tanto em agências físicas quanto no ambiente digital.
Os ativos totais do banco chegaram a R$ 74,5 bilhões, alta de 40,7%. O patrimônio líquido também avançou, somando R$ 4 bilhões, um crescimento de 60%. Já a carteira de crédito atingiu R$ 59,4 bilhões (+59,4%), com forte participação de financiamentos imobiliários e operações para o agronegócio.
No segmento habitacional, o BRB segue líder absoluto no Distrito Federal, com 62,8% de participação, e consolidou a 5ª posição nacional em crédito imobiliário, com uma carteira de R$ 13,5 bilhões. No campo, a carteira rural fechou o semestre em R$ 1,9 bilhão, com operações espalhadas por Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Mato Grosso.
A inadimplência consolidada foi de 1,57% em junho, queda de 1,74 ponto percentual em 12 meses — índice bem abaixo da média do sistema financeiro.
Transformação digital
O semestre também consolidou o processo de digitalização. Hoje, 98,5% das transações são feitas por canais digitais. Foram 232 milhões de operações em seis meses, crescimento de 36,6%. O SuperApp do banco concentra a maior parte delas: 185,1 milhões (+53,6%).
Na área de depósitos judiciais, com carteira de R$ 25 bilhões, a plataforma BRBJus recebeu novos recursos de automação e relatórios inteligentes. O Pix Judicial já é o meio mais usado para pagamentos desse tipo.
Expansão pelo país
O BRB encerrou o semestre com 988 pontos de atendimento, após inaugurar novas unidades e assumir a gestão das folhas de pagamento de órgãos públicos no Tocantins, na Paraíba e em Alagoas. Além de estar presente em todos os estados, o banco já marca posição em 39 países por meio de sua rede digital.
Fora do balanço tradicional, a instituição também aposta em impacto social. Foram 30 programas no semestre, beneficiando mais de 414 mil famílias, com destaque para o Prato Cheio e o novo Cartão Material de Construção.
Na mobilidade urbana, o programa Vai de Graça, que garante gratuidade no transporte público aos domingos e feriados, registrou 99,6 milhões de acessos no trimestre. O Instituto BRB investiu R$ 645 mil em projetos culturais e sociais, alcançando 38 mil pessoas diretamente e 1,2 milhão de forma indireta.
O banco ainda reduziu em 37% o volume de impressões, reflexo da digitalização de processos e de metas ambientais internas.
Entre as subsidiárias, os destaques ficaram por conta da Financeira BRB, que alcançou R$ 6,1 bilhões em crédito, e da BRB Seguros, que emitiu R$ 689,9 milhões em prêmios. A BRBCARD fechou o semestre com lucro líquido de R$ 24,1 milhões e 949 mil cartões emitidos.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, resume os números como resultado de uma estratégia de crescimento consistente. “O BRB apresentou um semestre de resultados sólidos, reflexo da diversificação e da proximidade com nossos clientes”, afirmou.