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Proteção infantil na internet agora é lei

Pacote anunciado pelo governo federal marca avanço histórico na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital e estabelece novas diretrizes para regulação de dados e concorrência na internet.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (17), um conjunto de medidas que marca um novo capítulo na regulação do ambiente digital brasileiro.

Entre os destaques, está a sanção da Lei de Proteção de Crianças e Adolescentes na Internet (PL 2.628/2022), que estabelece diretrizes para redes sociais, aplicativos, jogos eletrônicos e serviços digitais, com o objetivo de reduzir riscos e garantir direitos fundamentais a menores de idade no ambiente online.

A nova legislação representa um avanço inédito na regulamentação do uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil, e surge como resposta à crescente preocupação com os impactos nocivos da tecnologia na infância.

A medida integra um pacote que também transforma a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em uma agência reguladora independente e introduz uma política nacional para expansão e modernização de datacenters.

“ECA Digital”: o que muda na prática para crianças, pais e plataformas

A lei sancionada exige que plataformas digitais adotem medidas concretas de proteção infantil, como:

  • Verificação confiável de idade dos usuários;
  • Prevenção de riscos por design, ou seja, desde a concepção dos produtos;
  • Ferramentas eficazes de supervisão parental;
  • Resposta ágil a conteúdos ilícitos;
  • Regras específicas para tratamento de dados e publicidade voltada a menores.

Outro ponto-chave do pacote é a transformação da ANPD em agência reguladora autônoma, com status equivalente a outras agências federais. A medida, enviada ao Congresso por Medida Provisória, confere à entidade autonomia funcional, técnica, administrativa e financeira, além de ampliar sua capacidade de fiscalização.

Na prática, a nova estrutura permitirá à agência atuar com mais agilidade e independência na regulação da proteção de dados pessoais no Brasil, especialmente na aplicação da nova legislação voltada à infância.

A aprovação e regulamentação da chamada “ECA Digital” alinha o Brasil às melhores práticas internacionais de proteção da infância no ambiente digital, como já ocorre em países da União Europeia e nos Estados Unidos.

 

Resumo: o que muda com o novo pacote digital

Medida Impacto
Lei de Proteção à Criança na Internet Estabelece regras e obrigações claras para plataformas digitais lidarem com menores de idade
Transformação da ANPD em agência reguladora Garante independência e estrutura para fiscalizar o cumprimento das novas leis
Vacatio de 6 meses Acelera a entrada em vigor da proteção infantil
PL da Concorrência Digital Justa Promove ambiente digital mais competitivo e menos concentrado
MP do REDATA Reduz custos de datacenters e fortalece infraestrutura digital nacional

 

Com a sanção da nova lei e o conjunto de medidas complementares, o governo federal inaugura uma nova fase na regulação da internet no Brasil. O foco na proteção de crianças e adolescentes, aliado ao fortalecimento institucional e à promoção de um ambiente digital mais justo e competitivo, sinaliza um avanço concreto e urgente em prol dos direitos fundamentais na era digital.

 

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