Dois meses após a concessão da Rodoviária do Plano Piloto à iniciativa privada, os primeiros sinais de revitalização do terminal começam a ser percebidos por quem circula pelo local, que recebe mais de 700 mil pessoas por dia.
A Catedral, empresa vencedora do processo licitatório conduzido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), assumiu a gestão do complexo por um período de 20 anos e já iniciou a implantação de melhorias em acessibilidade, segurança e limpeza.
O contrato prevê R$ 120 milhões em investimentos para a recuperação, modernização e conservação da rodoviária, considerada um dos espaços públicos mais emblemáticos da capital federal. Logo nos primeiros dias da nova gestão, mudanças começaram a chamar a atenção dos usuários.
Entre as principais entregas estão a reativação das 12 escadas rolantes que agora recebem manutenção preventiva , a modernização de elevadores (três já foram reformados), a instalação de 62 câmeras de monitoramento com reconhecimento facial e a colocação de 50 painéis digitais com informações em tempo real sobre os horários de ônibus.
Também foi inaugurada a primeira sala multissensorial da história do terminal, voltada a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além do espaço “Cantinho do Desabafo”, que oferece atendimento psicológico gratuito.
Nos dois primeiros anos, estão previstos R$ 7 milhões para a implantação de infraestrutura nos estacionamentos e no sistema operacional da rodoviária. Já a reforma estrutural do prédio demandará R$ 57,7 milhões, com conclusão prevista em até três anos. A modernização completa do complexo deverá estar finalizada em quatro anos, totalizando R$ 54,9 milhões adicionais em investimentos.
O projeto de concessão inclui ainda os estacionamentos superiores e inferiores próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, no Setor de Diversões Sul, que passarão a ser modernizados e funcionarão no sistema rotativo. Ao todo, são 2.902 vagas: 1.179 no Setor de Diversões Norte (SDN), 1.015 no Setor de Diversões Sul (SDS) e 708 na plataforma superior da rodoviária.
A exploração dos estacionamentos poderá ser feita diretamente pela concessionária ou por meio de empresas terceirizadas.