O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo em direção à modernização da infraestrutura pública e ao uso sustentável de recursos. Nesta segunda-feira (30), foi assinado um convênio entre a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Secretaria de Educação (SEEDF) para a construção de uma usina fotovoltaica no Jardins Mangueiral, com capacidade instalada de 10 megawatts-pico (MWp).
O objetivo é suprir parte significativa da demanda energética da rede pública de ensino, reduzindo custos e reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
Com investimento estimado em R$ 40 milhões, a planta solar deverá gerar aproximadamente 20 gigawatts-hora (GWh) por ano, energia suficiente para abastecer cerca de 400 escolas. A expectativa é que a estrutura seja responsável por atender até 60% do consumo elétrico de toda a rede pública de ensino do DF.
A economia prevista com a conta de luz chega a R$ 10 milhões anuais, recursos que, segundo o governo, poderão ser redirecionados para ações pedagógicas e melhorias na estrutura das escolas.A previsão é de que as obras tenham início ainda em 2025.
Durante a assinatura do convênio, o governador Ibaneis Rocha destacou o pioneirismo da capital federal na adoção de políticas de energia limpa. “A pauta da energia limpa no Distrito Federal é prioritária para nós. Estamos na vanguarda da eletrificação na nossa capital. Tivemos a isenção do IPVA para veículos elétricos e híbridos, teremos ônibus eletrificados no Plano Piloto e, daqui a alguns anos, todos os prédios públicos estarão abastecidos por energia solar”, afirmou.
O projeto está inserido em uma estratégia mais ampla de transição energética do GDF, que inclui a substituição gradual da matriz energética dos edifícios públicos e a ampliação do uso de fontes renováveis. A escolha por uma usina fotovoltaica centralizada — em vez de sistemas isolados em cada escola — visa reduzir os custos de implantação e facilitar a gestão técnica da produção e distribuição de energia.
Além da economia, a proposta contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa, o que reforça os compromissos ambientais do DF com metas nacionais e internacionais relacionadas à mudança climática.
A usina será construída em área pública no Jardins Mangueiral, com tecnologia que permitirá sua integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A CEB será responsável pela operação técnica e manutenção do equipamento, enquanto a SEEDF atuará como consumidora beneficiada.
Com o anúncio, o Distrito Federal se junta a outras unidades da Federação que vêm apostando em energia solar como alternativa para equilibrar as contas públicas e atender à crescente demanda por soluções sustentáveis. Para o governador Ibaneis Rocha, trata-se de uma política com impactos concretos: “Não é apenas uma questão de economia. Estamos pensando no futuro das nossas crianças e na forma como o Estado se relaciona com o meio ambiente. Esse é o tipo de política pública que transforma”.
A estimativa é que o funcionamento pleno da usina evite, anualmente, a emissão de aproximadamente 1.500 toneladas de CO₂ na atmosfera , o equivalente à retirada de cerca de mil carros das ruas por ano.