A recente votação na Câmara dos Deputados do relatório que garantiu a manutenção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) trouxe a cena um descompasso entre o compromisso que se espera de representantes eleitos e suas ações no plenário.
Enquanto 6 dos 8 parlamentares da bancada do DF entendeu a importância estratégica e social do FCDF, os deputados federais Reginaldo Veras (PV) e Erika Kokay (PT) optaram por votar contra o relatório que protegeu os recursos essenciais para a segurança pública, saúde e educação da capital do país.
O voto contrário dos parlamentares é uma afronta direta à população que depende desses serviços fundamentais. O FCDF não é um privilégio, mas uma necessidade reconhecida constitucionalmente para subsidiar a estrutura única de Brasília, que, como capital federal, enfrenta demandas além do que sua arrecadação local poderia suprir. Sem o fundo, setores vitais, como as polícias Militar e Civil, hospitais públicos e escolas, ficariam desamparados, colocando em risco a qualidade de vida dos brasilienses.
Os parlamentares Reginaldo Veras e Erika Kokay não apenas desconsideraram o impacto devastador que a perda desses recursos poderia ter, mas também agiram de forma alinhada ao governo federal, ignorando os interesses diretos de seus eleitores. Trata-se de uma escolha política que levanta dúvidas sobre suas prioridades e lealdades. Ao que parece, defender o as pautas do Governo Federal foi mais importante do que proteger a população que confiaram neles nas urnas.
É inadmissível que representantes eleitos para defender o Distrito Federal ajam como adversários da própria população que deveriam representar. Os argumentos de que o FCDF favoreceria apenas uma parte da sociedade ou de que a manutenção do fundo seria um “privilégio” soa vazio e desconectados da realidade local. Brasília não é apenas a capital administrativa do país, mas também o lar de milhões de brasileiros que precisam de serviços públicos de qualidade.
Enquanto os outros seis deputados da bancada demonstraram entendimento e responsabilidade ao defender o relatório que preservou o FCDF, Veras e Kokay se isolaram em um ato de traição política que não pode ser esquecido.
O que está em jogo é muito mais do que uma disputa política: é a garantia de segurança, saúde e educação para uma população inteira. A história não será gentil com aqueles que se posicionaram do lado errado dessa luta.