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Setor industrial do DF registra recorde histórico e supera o ritmo dos serviços em 2023

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O Distrito Federal fechou 2023 com o maior número de indústrias de médio porte desde o início da série histórica da Pesquisa Industrial Anual — Empresa (PIA-Empresa), do IBGE, iniciada em 2007.

Foram 1.408 estabelecimentos com cinco ou mais empregados, número que traduz a força de um setor que, embora represente apenas 3,9% do PIB local, foi o que mais cresceu em volume no ano: alta de 8,4%, superando até o setor de serviços, que avançou 3,7%.

O desempenho industrial veio acompanhado de uma receita líquida robusta, de R$ 10,7 bilhões, impulsionada principalmente pela indústria de alimentos, responsável por R$ 3 bilhões do total. Logo atrás, aparece o segmento de minerais não metálicos, que respondeu por 27,9% do Valor de Transformação Industrial (VTI).

Por trás dos números, há uma estratégia de fortalecimento do setor produtivo, com políticas de incentivo fiscal, capacitação profissional e melhoria no ambiente de negócios. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) tem sido peça-chave nessa engrenagem, com programas que unem qualificação e geração de oportunidades.

Entre eles, o QualificaDF e o QualificaDF Móvel, que levam cursos gratuitos para diversas regiões do DF nas áreas de agronegócio, comércio, serviços, saúde e informática. Já o RenovaDF se destaca por unir capacitação e impacto social: os participantes ajudam a revitalizar espaços públicos enquanto recebem um salário mínimo, vale-transporte e seguro contra acidentes. Até agosto, mais de 110 mil pessoas já haviam sido qualificadas pelos programas.

Além disso, o Programa Emprega DF oferece incentivos fiscais a empresas que geram empregos e investem na capital. Hoje, 40 companhias fazem parte da iniciativa, somando R$ 16 bilhões em faturamento anual, 11 mil empregos diretos, 44 mil indiretos e investimentos privados superiores a R$ 650 milhões.

A política de atração de grandes empresas também vem rendendo frutos. Amazon, Mercado Livre, Coca-Cola e ArcelorMittal estão entre as marcas que fincaram presença no DF, reforçando o papel de Brasília como polo logístico e industrial.

A expansão do Aeroporto Internacional de Brasília e medidas de desburocratização ajudaram a consolidar o território como um dos mais atraentes para empreender no país. Segundo rankings do Centro de Liderança Pública (CLP) e da Endeavor, Brasília está entre as cinco capitais mais empreendedoras do Brasil.

O impacto desse movimento aparece também nos indicadores de emprego e renda. No primeiro trimestre de 2025, havia 67 mil pessoas ocupadas na indústria local, o que equivale a 4,2% da força de trabalho da capital , um salto de 28,6% em relação ao trimestre anterior, segundo o Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). O rendimento médio do setor chegou a R$ 3.761, acima da média nacional (R$ 3.315) e da média das demais unidades do Centro-Oeste.

Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de 2023, mostram que o setor industrial empregava 46.587 trabalhadores formais, o equivalente a 4,9% dos empregos com carteira assinada no DF. As maiores empregadoras são a indústria de alimentos, com 14.680 funcionários, seguida pelos ramos de minerais não metálicos (3.332) e produtos de metal (3.032).

Nos setores com maiores salários, destaque para eletricidade e gás (R$ 15.133,28), gestão de resíduos e descontaminação (R$ 6.776,11) e produtos farmacêuticos (R$ 5.467,31).

Construção civil

A construção civil continua sendo a espinha dorsal da indústria brasiliense. Em 2022, o segmento respondeu por R$ 5,9 bilhões do total de R$ 11,65 bilhões gerados pela indústria no PIB do DF , o equivalente a 51,3% do setor industrial.

Já a indústria de transformação, que inclui alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos e minerais não metálicos, avançou 5,7% naquele ano, impulsionando a produção de bens de consumo não duráveis.

Com um crescimento consistente, políticas públicas integradas e a chegada de grandes investidores, o Distrito Federal se consolida, pouco a pouco, como um território industrial competitivo, onde tecnologia, qualificação e infraestrutura começam a andar de mãos dadas.

 

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