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Arruda ofende Ibaneis e cai na armadilha da própria língua

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José Roberto Arruda voltou à vitrine  e desa vez pelo destempero. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o ex-governador resolveu medir beleza com o atual chefe do Buriti, Ibaneis Rocha. “Acho que o Ibaneis é mais feio por dentro do que por fora”, disparou, num tom que beira a injúria e escorrega para a difamação.

O comentário, que parece uma tentativa de ferir, na verdade revela o que está ferido: o ego. Arruda, afinal, está fora do jogo eleitoral. A Justiça manteve sua inelegibilidade até 2032 ,uma consequência direta da Caixa de Pandora, aquele mesmo que desnudou os bastidores nada republicanos do poder no Distrito Federal e encerrou sua trajetória no governo.

Sem palanque e sem legenda, resta-lhe o palco das redes sociais. É ali que Arruda tenta reencenar um protagonismo perdido, trocando o debate político pelo ataque pessoal .

Mas há algo de trágico e previsível nisso: quando o discurso político vira ofensa, é sinal de que a política já não cabe mais no orador.

O que Arruda tenta fazer é simples: deslocar o foco. De seu próprio histórico de condenações para o campo da vaidade alheia.  No entanto  a retórica da ofensa tem um efeito colateral: expõe, sem filtro, a amargura de quem sabe que não volta mais.

Na prática, o vídeo não atinge Ibaneis , atinge a imagem de Arruda, que tenta reacender uma relevância que o tempo e a Justiça apagaram. É uma tentativa de construir narrativa em terreno movediço.

Feio, nesse caso, é o gesto. É  o uso da palavra como arma, e não como argumento.Porque no jogo da política, o que derruba não é o espelho  é o reflexo.

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